sábado, 9 de novembro de 2013

Alexandre Vannucchi Leme x E.E Antonio Padilha



Hoje dou aula no E.E Antonio Padilha, localizada em Sorocaba, a escola é de 1896, fundada ainda como grupo escolar, mas o que quero refletir é sobre o claro descaso com história da mesma, além de ter uma história centenária, teve como estudante Alexandre Vannucchi Leme militante do Movimento Estudantil e da ALN (Ação Libertadora Nacional) na época da Ditadura.

Alexandre Vannucchi Leme aluno da Geologia da USP foi preso, torturado e morto pelo DOI-CODI ("Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna"), órgão este responsável pelas torturas no Estado de SP na ditadura; Este fato foi escondido de sua família, sendo que a mesma teve que ir atrás dos reais motivos de sua morte e luta por justiça até hoje. 

Na época da morte por tortura, os militares forjaram para ele uma morte por atropelamento, como era muito comum na época, também enterraram o mesmo como indigente no Cemitério de Perus jogando nele muito cal para não mostrar as marcas das torturas.

Alexandre ou "minhoca" como era conhecido, hoje é referência na luta contra os crimes da Ditadura, sobretudo na Comissão da Verdade (grupo criado para investigar os crimes cometidos na Ditadura), sendo também nome do DCE (Diretório Central de Estudantes) da USP e referência Nacional da luta estudantil.

Infelizmente se hoje aparecermos na porta do Padilha, como a escola é conhecida, poucos alunos saberão desta história e também poucos têm a nitida noção da triste realidade que sofreu o movimento estudantil durante a ditadura, uma realidade complicada, pois, dá margem para que a história se repita.

Espero que com este post em forma de relato tenha plantado uma semente de curiosidade, nos estudantes do Padilha, no visitante do Blog, no cidadão Sorocabano. 

"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." 
Paulo Freire



domingo, 27 de outubro de 2013

[Machismo Atlética Computação] O dia que eu senti vergonha de Estudar na Federal.


A postura da Atlética da BCC (Bacharel em Ciência da Computação) em não escrever os times femininos no Intercurso é reflexo claro de uma sociedade machista, o que já é um absurdo (veja o caso na página do Face do D.A), mas a solidariedade machista presente no curso de computação é infinitas vezes pior, a soma destes dois fatos me fez sentir vergonha de Estudar em uma Federal e vou tentar explicar neste texto.

A primeira coisa que vou comentar é em relação a frase dita por diversos homens do curso : “Deixa o pessoal que é do curso resolver, quem não é do curso não tem direito de falar” esse tipo de postura presente também fora das cercas da UFSCar é claro reflexo de uma postura omissa da sociedade, onde somente quem deve discutir isto; é quem é a vitima  e o opressor, parte da mesma lógica da frase “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” e seguindo está lógica Machista, hoje o Brasil aparece na lista de países que mais têm homicídio de mulheres no Mundo.

Outro elemento que apareceu é a defesa “isto não tem nada a ver com machismo”, mas vamos lá, se de fato não é machismo, por que todos os times masculinos foram escritos, mesmo todo mundo sabendo que os resultados do Masculino da BCC é anos luzes pior que os times femininos, então qual foi o critério, pergunto ao Exmo senhor Presidente da atlética Raça Brisão.

Esta é talvez a frase mais infeliz: "num curso com 70% de homens, não acho machismo não inscreverem os times femininos. É matemática", naturalizar o preconceito, dizer que as coisas são assim e pronto é outro elemento presente na sociedade, porém que deve ser combatido à todo momento, houve um tempo que naturalizaram a “escravidão” com frases “mas são negros é natural que sejam escravos” houve outro tempo que naturalizaram o fato da mulher não votar “ são mulheres é óbvio elas não votam” e novamente naturalizam o preconceito no ambiente que tem na sua gêneses um aspecto transformador que é a Universidade. 

Por fim em reposta ao Senhor presidente da Atlética da Computação:






Acho que o senhor está levemente enganado, “machista pode esperar, sua hora vai chegar” convidamos todos para reunião Terça (29) as 18:00 evento no Face: Mulheres também joga .



"Querer-se livre é também querer livres os outros." Simone de Beauvoir

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Xenofobia, Ciência Sem Fronteira, Intercambio, Médico e Charuto Cubano!





Este titulo e este texto pode soar um pouco esquizofrênicos, mas nunca vai ser mais esquizofrênica que nossa classe média: 

Na primeira oportunidade que tem vão ao exterior trabalhar, amam o programa ciência sem fronteira; fazem infinitos intercâmbios, mesmo que para isso fiquem endividados e adoram fumar um charuto cubano e falar de suas viagens; 

Na outra face desta mesma classe média, chamam o programa bolsa família de bolsa esmola, odeiam cotas, tem uma postura xenofóbica contra os médicos cubanos como expressa na foto, em diversas reportagens e possivelmente em suas timelines do face.

Diante de tamanha contradição fiz uma reflexão, recentemente fui ao P.A (pronto atendimento) em Sorocaba, uma cidade de 600.000 hab, que fica a 1 hora de carro de S.P e simplesmente fiquei 5 horas esperando e sai de lá sem esperança de ser atendido, isto estou falando de uma cidade de grande de S.P, eis que me pergunto: sobre qual justificativa os médicos estão protestando? será que de fato é porque os médicos cubanos vão roubar os excelentes postos de trabalho no interior do Mato Grosso, Amazonas , Rondonia, Piaui e Acre? acredito que não! mas sim por causa da visão politica deles!

E quando falo em visão politica, não falo como a "Veja" e sua clara posição ideológica de direita, que diz que eles estão aqui para implantar o socialismo, pois não acredito esta possibilidade na atual conjuntura, apesar de ser socialista, mas sim na visão clara humanista dos médicos cubanos, visão que coloca o médico da  família como agente principal e não a visão brasileira que privilegia as especialidades modelo onde o médico que faz plasticas na paulista ganha 100.000 reais por mês, enquanto os que atendem em palafitas e alagados ganham 4.000.

Neste sentido é lógico que não devemos entender isto como apenas um discurso xenofóbico, pois é claro que é desnecessário e descabido, principalmente por vim de uma classe média proletariada sem identidade de classe que sempre que tem a oportunidades viajam e vão trabalhar fora, temos claro que está colocado é uma  disputa ideológica, no sentido de como pensamos a saúde e como pensamos a organização social.

Aos meus amigos, por fim só cabe um apelo, antes de ficar cuspindo ideologias que não são suas, reflitam, temos um sistema de saúde ideologicamente bom que é o SUS, um sistema que atende todos,  mas corroído de ideologias médicas medíocres, que vê o médico como único responsável pelo sistema de saúde e aos Médicos cubanos revolucionários bem vindo ! Hasta Vitória!

Um pouco de poesia na fala de Marilene Chaui: “A classe média é uma abominação política porque é fascista; é uma abominação ética porque é violenta; e é uma abominação cognitiva porque é ignorante. Fim” 



    


  

quarta-feira, 10 de julho de 2013

UNE incentivando trabalho voluntário na COPA? E os estudantes desempregados?



Este texto não pretende criticar os voluntários que por vontade resolveu ir lá e dedicar suas horas de trabalho a Copa, por enriquecimento cultural, por entrar em contato com outras culturas (talvez de forma controversa), para melhorar seu currículo, mas sim dialogar com a UNE (União Nacional dos Estudantes) sindicato maior dos estudantes.

Para entender este texto de clara indignação, o primeiro ponto fundamental é entender que a FIFA é uma instituição com fins lucrativos, e terá lucros excepcionais com a Copa no Brasil, eis que eu pergunto por que a UNE entidade representativa dos Estudantes Brasileiro apoia trabalho voluntário na Copa ? 

Eis que para responder está singela pergunta, temos que a levantar algumas informações entre elas; a que os 4 membros da chamada mesa diretora da UNE tem vinculo estreito, alguns filiados, com o PCdoB ( partido responsável pelo Ministério do Esporte), ou seja, temos claro que este apoio foge a defesa do estudante, e sobretudo o estudante desempregado, e tem sim um interesse partidário claro e explicito de um partido ligado ao governo.

Todos sabem que vivemos no sistema capitalista, sistema que se reproduz de forma desigual e contraditória e quando existe uma ínfima possibilidade de reparação (se é que podemos colocar nestes termos) de uma Copa desigual, que seria empregar estes jovens que compõem a maior parcela de desempregados no Brasil, a UNE entidade que teria total respaldo de ir a rua questionar este trabalho voluntário, além de não ir a rua colocar a FIFA, a CBF e o Governo contra Parede; Faz uma infeliz campanha: Seja Voluntário na Copa.

Temos que deixar claro que nem todos que compõem a diretoria da UNE concorda com tal postura e que muitos estão sim na rua para combater as desigualdades da Copa, porém a chamada majoritária tem esta postura de defesa do Governo e a todo o momento busca tirar os estudantes da Rua, e toma posições que vão contra o interesses do Estudantes 

Concluo com um comentário que tentei colocar na Página da UNE há dois dias e não foi autorizado ainda: “Em um país onde milhares são explorados! incentivar o trabalho voluntário é um contrassenso em todos os sentidos!” primeiro no sentido econômico, milhares de estudantes e trabalhadores estão desempregados ou em subempregos, no sentido Social, pois temos claro que não estamos fazendo trabalho voluntário para uma entidade que precisa e por fim cultural, sabemos da dificuldade de cada brasileiro e brasileira, somos explorados há mais de 500 anos e parece que não apreendemos com isto.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Pelas Periferias praticam perversidades

Amigos, da Favela da Maré a São Bernardo a violência policial impera, estou em estado de choque vendo o que fizeram em São Bernardo, e para estes eles não podem atribuir crimes, como fizeram na Maré, pois estes são manifestante como eu e como você:

"Pelas periferias praticam perversidades parceiros Pm's" GOG


Barricadas fecham as ruas, mas abrem os caminhos



Que tipo de sociedade queremos ou somos? E para quais caminhos queremos apontar, descobrimos recentemente que somos capazes de fazer barricadas, manifestações, ocupações, e quando digo descobrimos, não falo daqueles que fazem isto a tempo os partidos de esquerda e os movimentos sociais, os anarquistas e os militantes independentes, mas ao restante da população.

Acostumamos por muito tempo que as coisas estavam dadas, é assim mesmo, nada vai mudar, a culpa de ter tão poucas ferrovias era do JK, a do transito é da falta de planejamento do passado e dos alagamentos é porque deixaram no passado ocupar aquelas áreas. 

Mas nada deve ser impossível mudar, um jargão utilizado recentemente na campanha do Freixo, mas considero apropriado para o texto, e para dizer que não falei das flores, vamos lá, devemos sim nos Rebelar contra todo este modelo de desenvolvimento que não nos pertence e não nos beneficia.

José de Souza Martins um sociólogo fala no livro o Poder do Atraso (1994) o quanto uma pequena oligarquia se beneficiou historicamente do atraso do Brasil, e hoje eu pergunto, a quem interessa um Brasil, sem investimento em Mobilidade Urbana? Sem Reforma Agrária? Sem reforma urbana? Sem Ferrovias? Sem Reforma Política? Se não novamente a uma pequena parcela da população.

Porém ao nos remeter ao pensamento do Martins, temos que trazer uma novidade, as grandes multinacionais capitalistas de capital estrangeiro ou nacional, e dar sim nome aos bois, quem são estes que se beneficiam do atraso da maioria, pois, temos claro que as repostas simplistas já não servem, não tem verba, não dá para fazer; pois em um país que gasta 80 milhões diretamente com a Copa, não pode fingir que não tem dinheiro para investir em mudanças estruturais. 

Fiz um pequeno esforço de apontar a quem não interessa o diversos investimentos : 

Mobilidade Urbana: aos Empresários da Imobilidade (empresas de ônibus, concessionária de rodovias, empresas que vivem de Multas); 

Reforma Agrária: aos capitalista do Agronegócios ; 

Reforma Urbana: aos capitalistas que vivem de especulação Imobiliária; 

Ferrovias: Sem dúvida as Multinacionais do Petróleo; 

Reforma política: A todos das opções anteriores, aos partidos que se beneficiam, as grandes multinacionais e a uma infinidades de capitalistas.



Por fim encerro falando as barricadas fecham as ruas, mas abrem os caminhos, vamos trazer todo o acúmulo dos debates dos movimentos sociais e dos partidos de esquerdas para rua, temos claro quem são aqueles que se beneficiam do atraso de muitos, não são as barricadas que tiram nossos direitos de ir e vir, mas sim o próprio capitalismo com seu desenvolvimento desigual.

domingo, 30 de junho de 2013

Dos Anônimos aos Anonymous




O que esconde atrás de um anonimato?


Qualquer coisa, do mais bem intencionado militante ao perverso pensamento fascista e preconceituoso, das mazelas do trabalho escravo em fornos no Norte do país ao dinheiro do Maluf nos paraíso ficais, seguind este raciocinio esta reflexão busca falar de dois sujeitos sociais os: Anônimos e o Anonymous

Chamarei de anônimos primeiro aqueles que estão excluídos da sociedade, os que vivem no extremo anonimato, aqueles que a sociedade aprendeu a esconder em porões, na cadeia, na rua, na favela, a estes anônimos todo apoio, pois vivem a margem de um sistema excludente, o sistema capitalista.

Estes são anônimos porque nossa sociedade acostumou a esconder tudo que lhe incomoda, são anônimos, pois os grandes protagonistas desta sociedade capitalista, tal como Eike Batista e Antonio Hermínio, os grandes capitalistas querem que todos pensem que suas riquezas não nascem da exploração de muitos trabalhadores.

A estes que se submetem a cada dia a trabalhos duros, subempregos ou até mesmo a criminalização, toda a Solidariedade, pois sabemos que o sistema capitalista que é por excelência desigual coloca diariamente a margem do sistema muitos em detrimentos de poucos.

Já aos Anonymous, sujeitos sócias que em geral estão inseridos profundamente no sistema produtivo, tenho 2 pés atrás, pois muitas vezes se apropriam da voz povo e a partir de um discurso apartidário violentam militantes políticos que estão na luta há muito tempo, a este anoonimato nenhum apoio.

Estes Anonymous parafraseando Marilene Chaui são “uma abominação política, porque é fascista, e uma abominação ética porque é violenta”, não tenho filiação partidária, mas algumas bandeiras de partidos estão presente na rua a décadas (PSTU, PCO, PSOL, PCR, PCB) e movimento sociais (MST e Sindicatos).

Negligenciar a Luta de alguns Partidos e movimentos sociais é negligenciar a luta do Povo, a luta da esquerda, concluo falndo a neutralidade não existe, ou você esta na luta do povo (com os anônimos) a esquerda ou esta na defesa do empresários (com os Anonymous) a direita.

Se você considera-se um Anonymous e não compartilha deste perfil, fica dica: sai do anonimato e vamos para luta.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Dia Em Que o Morro Descer e Não For Carnaval



O dia em que o morro descer e não for carnaval

ninguém vai ficar pra assistir o desfile final

na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu

vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil

(é a guerra civil)


segunda-feira, 11 de março de 2013

[cidade] Sampa - Caetano




"Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto

Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto

É que Narciso acha feio o que não é espelho

E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho

Nada do que não era antes quando não somos Mutantes


E foste um difícil começo

Afasta o que não conheço

E quem vem de outro sonho feliz de cidade

Aprende depressa a chamar-te de realidade

Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso


Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas

Da força da grana que ergue e destrói coisas belas

Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas

Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços

Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva


Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba

Mais possível novo quilombo de Zumbi

E os novos baianos passeiam na tua garoa

E novos baianos te podem curtir numa boa"

terça-feira, 5 de março de 2013

[Curta Metragem] A Rua é Publica

Talvez o mais belo curta metragem, documentário, que eu assisti nos últimos tempos, muito bacana você ver algo e se identificar logo de cara, um lindo debate, do que é considerado público e privado, da necessidade de espaços públicos, da criatividade, do processo de urbanização desigual.


[trailer] Somos Tão Jovens - Filme sobre Renato Russo


sábado, 2 de março de 2013

[Filosofia] Mario Sergio Cortella excelente entrevista no Jô Soares


CONDIÇÕES DO PROFESSOR INGRESSANTE NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

- Hoje temos um quadro nas esco¬las estaduais no qual a combinação de desvalorização profissional e sa¬larial,

- a falta de estrutura adequada, a violência, o assédio moral e uma gestão com pouca possibilidade de participação dos professores e da comunidade escolar afasta muitos bons profissionais.
- o professor é impedido de cuidar da sua saúde através de leis que delimitam o seu direito à consultas médicas. Professores admitidos em 2010 não tem direito a utilizar o Hospital do servidor.
- É preciso implementar políticas preventivas e não punitivas.Frente a isto, o que faz o go¬verno? Impõe uma sistemática de provas de conhecimentos que não servem para efetivar os professores, e sim para esvaziar ainda mais o quadro do magistério e para mantê-los nas mesmas precárias condições de contratação e de trabalho.

- Quando o professor é reprovado no absurdo exame anual , por lei ele é afastado compulsóriamente por 200 dias letivos. Muitos professores experientes, que não conseguem obter nota deixam de assumir aulas no início do ano letivo.

- O professor não é reprovado por incompetência e sim por falta e tempo de Ler as monstruosas bibliografias que são divulgadas propositalmente em cima da hora, coincidente as datas do saresp e Enem, momentos e que o professor ocupa seu tempo demasiadamente preparando teste, fechando notas bimestrais e preparando alunos para o Enem.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

[Dica] O Mundo Segundo os Brasileiros

Utilizei um vídeo desta série com meus alunos do 3º ano, o de Hong Kong, excelente para falar em abertura econômica  esta semana vi também o de Pequim, para os amantes de outras culturas uma excelente dica: